A crise econômica brasileira que se estendeu de 2014 a 2017 é considerada uma das mais profundas da história recente do país.
Caracterizada por uma combinação de fatores internos e externos, essa crise teve impactos significativos na economia e na vida dos cidadãos brasileiros. Então, entenda mais sobre ela.
O que caracteriza uma crise econômica e como ela afeta o Brasil?
É um período de severo declínio na atividade econômica de um país, caracterizado por uma queda significativa no PIB, aumento do desemprego, inflação elevada e dificuldades financeiras.
As crises podem ser de curto ou longo prazo e, além disso, podem resultar de diversos fatores internos ou externos, como políticas econômicas erradas, choques externos ou crises políticas internas.
No Brasil, crises econômicas têm sido um fenômeno recorrente, muitas vezes exacerbadas por uma combinação de instabilidade política, gestão fiscal inadequada e choques externos.
A crise de 2014, por exemplo, foi um reflexo de uma série de erros acumulados ao longo dos anos.
Definição e principais indicadores de uma crise econômica
Uma crise econômica pode ser identificada por alguns indicadores chave:
- Uma queda do PIB por dois trimestres consecutivos é um dos principais sinais de uma recessão;
- Durante uma crise, os preços tendem a subir drasticamente, afetando o poder de compra das pessoas;
- Em períodos de crise, muitas empresas enfrentam dificuldades financeiras e podem reduzir seus quadros de funcionários, gerando altas taxas de desemprego.
Como as crises econômicas impactam a sociedade brasileira
As crises econômicas afetam a sociedade em vários níveis, desde a classe média até os mais pobres.
Durante a crise de 2014-2017, observamos um aumento significativo nas desigualdades sociais, com a classe média perdendo poder aquisitivo e, ainda mais, a pobreza aumentando em todo o país.
O aumento do desemprego, além disso, impactou milhões de brasileiros, trazendo insegurança e medo do futuro.
Pontos importantes sobre o que caracteriza uma crise econômica e como ela afeta o Brasil:
- a crise é marcada pela queda do PIB, aumento da inflação e desemprego;
- a sociedade brasileira sofre com desigualdade e aumento da pobreza durante crises econômicas;
- crises de longa duração, como a de 2014-2017, afetam todas as camadas sociais de forma significativa.
Quais foram as principais causas da crise econômica brasileira de 2014 a 2017?
A crise econômica brasileira de 2014 a 2017 foi desencadeada por uma combinação de fatores internos e externos. Assim, as políticas econômicas implementadas no início da década de 2010 começaram a mostrar seus efeitos negativos.
Isso, enquanto o Brasil também enfrentava desafios externos, como a queda nos preços das commodities e a desaceleração global.
Fatores internos que contribuíram para a crise:
- má gestão fiscal: aumento dos gastos públicos sem a devida arrecadação resultou em um crescente déficit fiscal;
- descontrole da inflação: o governo tentou controlar a inflação com altas taxas de juros, mas isso só desacelerou ainda mais a economia;
- crise política: o período de instabilidade política, com denúncias de corrupção, minou a confiança do mercado e afastou investimentos estrangeiros.
Influências externas e sua repercussão no Brasil:
- o Brasil é um grande exportador de commodities, como petróleo e minério de ferro. A queda nos preços dessas matérias-primas afetou a economia toda;
- a crise global, especialmente na China, afetou diretamente a demanda por produtos brasileiros, agravando ainda mais a recessão.
Pontos importantes sobre as causas da crise econômica brasileira de 2014 a 2017:
- a má gestão fiscal e o aumento do déficit público foram fatores internos críticos;
- a crise política também contribuiu para a falta de confiança no mercado;
- o cenário internacional, com a queda nos preços das commodities e a desaceleração global, teve forte impacto na economia brasileira.
Quais foram os impactos mais significativos durante a crise econômica?
A perda de emprego, a diminuição da renda e o aumento da inflação foram apenas alguns dos efeitos negativos que impactaram o cotidiano dos brasileiros.
Desemprego e queda na renda da população
A taxa de desemprego no Brasil atingiu níveis alarmantes durante a crise, chegando a mais de 13% em 2017. Assim, isso refletiu na diminuição da renda das famílias brasileiras, uma vez que muitos perderam seus empregos ou tiveram seus salários reduzidos.
Encolhimento do PIB e aumento da inflação
O PIB brasileiro encolheu drasticamente entre 2014 e 2016, com a economia brasileira passando por uma recessão profunda. Além disso, a inflação disparou, atingindo a casa dos 10% ao ano, o que corroeu o poder de compra da população.
Desvalorização da moeda e aumento da dívida pública
O real se desvalorizou frente ao dólar, o que impactou diretamente a inflação e a capacidade de compra do brasileiro.
Ao mesmo tempo, o aumento da dívida pública aumentou a dependência do governo em relação a empréstimos externos, agravando, então, ainda mais a crise.
Pontos importantes sobre os impactos econômicos mais significativos durante a crise:
- o desemprego e a queda da renda afetaram severamente as famílias brasileiras;
- o PIB encolheu, e a inflação disparou, dificultando a vida cotidiana;
- a desvalorização da moeda e o aumento da dívida pública agravaram o quadro econômico.

Como o governo brasileiro respondeu à crise econômica?
O governo brasileiro adotou uma série de medidas para tentar conter os efeitos da crise, mas nem todas se mostraram eficazes.
Então, políticas fiscais e monetárias foram ajustadas, mas a falta de um consenso político e a instabilidade do cenário político dificultaram as ações.
Medidas adotadas para conter a recessão
O governo adotou políticas como o aumento da taxa de juros para controlar a inflação e programas de incentivo ao crédito para tentar estimular o consumo e os investimentos.
No entanto, essas medidas tiveram um efeito limitado, pois não conseguiram resolver as questões estruturais da economia brasileira.
Avaliação da eficácia das políticas implementadas
A eficácia das políticas adotadas foi discutível. Portanto, embora o aumento da taxa de juros tenha ajudado a controlar a inflação, ele também desacelerou ainda mais o crescimento econômico.
Já os programas de incentivo ao crédito não conseguiram reverter o impacto da recessão em larga escala.
Pontos importantes sobre a resposta do governo brasileiro à crise econômica:
- o aumento das taxas de juros foi uma medida adotada para controlar a inflação;
- programas de incentivo ao crédito tentaram estimular o consumo, mas com impacto limitado;
- a instabilidade política e a falta de consenso dificultaram a implementação de medidas eficazes.
O que mais saber sobre crise econômica?
Veja outras dúvidas sobre o tema.
O que caracteriza uma crise econômica no Brasil?
É caracterizada por uma combinação de redução do PIB, aumento da inflação, e desemprego elevado.
Quais foram os principais setores afetados pela crise econômica de 2014?
Os principais setores afetados foram indústria, comércio e serviços, com redução significativa da produção e aumento da falência de empresas.
Quais foram as medidas de austeridade adotadas pelo governo durante a crise?
O governo implementou políticas de redução de gastos públicos e aumento das taxas de juros para tentar conter a inflação e controlar o déficit fiscal.
Como o desemprego foi afetado durante a crise econômica?
O desemprego atingiu números recordes durante a crise, chegando a mais de 13% da população ativa.
Qual a relação entre a crise econômica e a inflação alta?
A inflação alta foi uma das consequências diretas da crise, com aumento dos preços de produtos essenciais devido à desvalorização da moeda e à instabilidade econômica.